Os Incentivos de Longo Prazo são uma importante ferramenta para atração e retenção de talentos, além de alinhar os colaboradores com os valores e objetivos das empresas, sendo aplicados nos mais diversos ramos de negócios.
Os modelos mais conhecidos são:
- Stock Options;
- Planos de Ações Restritas, ou Restricted Shares;
- Planos de Ações Fantasmas, ou Phantom Shares;
- Planos de Opções Fantasmas, ou Phantom Options, ou SAR – Share Appreciation Rights;
- Performance Shares;
- Bônus Diferido.
Nesses modelos de incentivo há o estabelecimento de metas (temporais e/ou de desempenho) que atuam como condições a serem cumpridas para que os benefícios sejam adquiridos pelo colaborador. Exemplos deste tipo de condição são a exigência de tempo de permanência do colaborador na empresa, o atingimento de metas predeterminadas (financeiras, por exemplo) ou uma combinação destas condições. Elas devem ser definidas de acordo com as necessidades e realidade de cada companhia. Essas condições definem a carência do contrato, em inglês vesting.
Considerando os diversos tipos de ILP e regras que podem ser adotados em um Contrato de Vesting, uma atividade essencial na elaboração de um modelo eficaz é a etapa de desenho do plano. No entanto, esta atividade é muitas vezes um desafio, já que muitos empresários não são familiarizados com as vantagens e desvantagens de cada tipo de ILP, e com os efeitos das regras definidas, dificultando as escolhas e comprometendo a efetividade do plano.
Pensando nisso, vamos apresentar as principais perguntas que devem ser respondidas durante a elaboração de um bom Contrato de Vesting. Acompanhe a leitura!
Quais são os principais pontos que um Contrato de Vesting deve abranger?
Para desenhar o Contrato de Vesting mais apropriado à empresa, a definição dos seguintes pontos é imprescindível:
- Qual o público elegível ao plano?
- Qual o percentual máximo de diluição do capital e a porcentagem de participação que a empresa está disposta e possui condições de conceder com o Plano de ILP?
- Como será a liquidez dos planos (dinheiro ou ações)?
- Qual o tipo de ativo a ser concedido (ações ou opções)?
- Quais serão os prazos e condições de vesting?
- Haverá condições de performance ou lockup associadas ao contrato?
- Haverá a necessidade de algum tipo de investimento por parte dos beneficiários, ou seja, será um programa com Matching?
- Quais serão os direitos e responsabilidades dos detentores das ações que serão concedidas?
- Como será feita a gestão e contabilização do plano?
- Como o Plano será tributado?
Como são muitas as perguntas, é natural que cada empresa busque um desenho particular, pois não existe um modelo que se adeque a todas as situações. Um projeto que foi excelente para uma companhia, pode determinar o fracasso de outra.
Por que sua empresa deve investir na elaboração de um bom plano?
Conforme já dito, os Contratos de Vesting são fundamentais para manter pessoas chave, aumentar o foco e garantir o engajamento dos colaboradores. E estando as regras do contrato bem definidas e claras, a efetividade dos planos na busca por esses objetivos tende a ser maior.
Por se tratar de um contrato que possibilita a aquisição de ações da empresa (ou o valor monetário referente ao montante em ações ou opções) com consequências trabalhistas, tributárias e contábeis, o ideal é que ele seja elaborado com o auxílio de um profissional, evitando problemas futuros. Um plano mal arquitetado pode trazer mais prejuízos que benefícios. Por isso, os cuidados e despesas com a formulação de um Contrato de Vesting devem ser encarados pelo empresário como um investimento.
Quer saber mais sobre os Planos de Incentivos de Longo Prazo e as consequências que a ausência de um Contrato de Vesting bem estruturado pode causar nas relações de trabalho? Acompanhe nosso blog e entenda melhor o tema.